sábado, 24 de abril de 2010

Estudantes da região metropolitana contam com transporte gratuito menos a cidade de Dias D'Ávila que vergonha

Eles moram até 70 km de suas faculdades. São estudantes universitários que residem em municípios da região metropolitana de Salvador e diariamente vão para outras cidades estudar. Apesar de não ser obrigação das prefeituras, algumas oferecem o transporte gratuito como incentivo à educação. Camaçari, por exemplo, mantém serviço com boas condições; Simões Filho, em nível questionável; Dias D’Ávila, por sua vez, não oferece o beneficio.

A passagem nas linhas intermunicipais – nas quais não funciona o sistema de meia tarifa – custa entre R$ 3,80 a R$ 5. Sem conseguir arcar com os custos, parte dos estudantes migra de cidade. Foi o que aconteceu com Adriele Santana, 23 anos, que mora em Dias D’Ávila, a 60 km de Salvador, e cursa administração na Faculdade Castro Alves, que fica na Pituba, em Salvador. “Se eu viesse de minha cidade para cá, gastaria R$ 13 todos os dias, só com transporte, o que tornaria inviável meus estudos, porque ainda tem alimentação e os gastos com o curso”, declara a graduanda. Ela mudou-se de Dias D‘Ávila para o bairro do Cabula, na capital.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Dias D’Ávila, sem sucesso. Na vizinha cidade de Simões Filho, a 30 km de Salvador, 17 ônibus deixam 680 estudantes de Simões Filho na capital, Lauro de Freitas e Camaçari. Os usuários do serviço reclamam dos problemas no transporte, como assentos quebrados e atrasos constantes, além disso, muita gente viaja em pé. “A prefeitura coloca uma quantidade de estudantes enorme no ônibus, vai muita gente em pé, e há ônibus impróprio até para a circulação dentro da cidade. A renda do município certamente daria para oferecer um serviço melhor ”, protesta Carina Coelho, que estuda o sexto semestre de administração na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e usa o transporte há três anos.

O gerente de transporte da Prefeitura de Simões Filho, Adailton Silva, afirma que, por mês, são gastos cerca de R$ 97 mil (R$ 5. 706 por veículo). Segundo Silva, a prefeitura estuda a possibilidade de suspender o serviço caso a quantidade de estudantes aumente, pois, segundo ele, não há verba para manter um fluxo maior. Na cidade, não existem campi universitários, somente polos de educação a distância.

Fonte Atarde

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